Samedí dogmaticum Samedí
Sabbatum obscurus Sabbaticum
Calabouços cobertos de limo...
Corpos expostos para dança
No batuque das temíveis crianças
Na invocação dos tambores - a dança
Onde agulhas são como lanças
Culto do não-morto...sepulcrais formas
Apostasia do sacro na noite mórbida.
Eu invoco o “Pai da noite”.
Eu, o necromante!
Suplício infame da matéria mofada,
Na cerimônia peculiar dos agouros,
Espíritos entoam o mal da madrugada,
Que adormece no ventre da Mambo.
Eu os convoco Senhores profanos!
Para sabática serenata, Ele é o Maestro;
Regendo a todas as almas do féretro.
Corpos habitam este lugar como ervas
Que nutrem os Eguns como um elixir
Para que vaguem no medo da humanidade
Nos portais que se fecham Ele recita
A penúria dos corpos emersos.
Semblantes hereges nas catacumbas
Olhares tensos e escarlates
Mitos reais da mutação noturna
De um sem destino
De um crepuscular.