Já cantei em versos minha terra
Falei de campereadas e galpões
Lembrei das largas noites de invernias
E as tarde sonolentas dos verões
Cantei dessas paixão que se descobre
Na luz amarelada dos candieiros
Ao perceber os olhos da chinoca
Roubando a luz dos olhos do gaiteiro
Mas em momento algum em minha vida
Repare a insensatez de um pobre quera
Lembrei de um companheiro que não fala
Que sente a indiferença e não protesta
Mas hoje a poesia abriu cancelas
Para cantar o amigo que lhes falo
E a luz da inspiração clareou o meu verso
Numa canção de amor ao meu cavalo
É nele que percorro a minha terra
E vou pras campereadas e galpões
Enfrenta as largas noites de invernias
E as tardes sonolentas dos verões
É ele que me leva pros fandangos
Pra eu cumprir minha sina de gaiteiro
E descobrir paixões adormecidas
Na luz amarelada dos candieiros
Andei cantando mágoas e tristezas
Daqueles que perderam as esperanças
Tentei cantar mensagens de otimismo
Pra ver brilhar os olhos das crianças
Talvez que tenha gasto além da conta
A cota que o bom Deus mandou pra mim
Se os versos que cantei fizeram eco
Um dia saberei bem lá no fim
Mas em momento algum em minha vida
Repare a insensatez de um pobre quera
Lembrei de um companheiro que não fala
Que sente a indiferença e não protesta
Mas hoje a poesia abriu cancelas
Para cantar o amigo que lhes falo
E a luz da inspiração clareou o meu verso
Numa canção de amor ao meu cavalo
São dele minhas mágoas e tristezas
Por ver que já perdi as esperanças
É dele este relincho de amizade
Que enfim me faz voltar a ser criança
Com ele tenho gasto além da conta
A estrada que o bom Deus mandou pra mim
Se o nosso estradear valeu a pena
Um dia saberemos lá no fim