O ar é casto, a sujeira nos eleva
Agravo ainda mais o peso dos meus erros
Meu desalento entra em estado de vigília
Encontro paz nessa dissipação, prazer que debilita a imaginação
Embalsamado em pureza eu me excito e perco a noção de dimensão
Cobiço alguma mortificação
Imerso nas maçãs do rosto desse mar
Seus brincos de âncora refletem a luz surda
Raios esparsos me cegaram, seus golpes são volúpias
Ecoa tua voz que lamenta distante
A lança de Longinus paira sobre o espaço
Na gravidade eu perco tudo o que mantive
Mofado tal a engrenagem das semanas
Eu sou uma vela romana e minha cabeça está em chamas