(Intro - TRSS)
Haha! Essa é a hora da crise, então?
Ah, deixa que eu pego o Verbo desta vez
Cadê a porra do meu contrato? Cadê essa porra?
Ah, haha, aqui está! Ha, ha, ha. É desta vez que pego esse infeliz
Vamos conjugá-lo... Hahahaha...
(TRSS)
Ora bem, vejamos
É este o Verbo? Observo
Que conjugas com o jugo de um servo/ Reservo
Agora a ti um contrato Mas, antes que te rasgue
Mira bem o teu estado Não te vês como um traste?
Passaste por entre tantas entrelinhas/ Vinhas
Com fome de renome e agora definhas/ Tinhas
Ou não tens tu, talvez, a altivez de quem se prostra?
Por que não te tornas carne? Vai, e te mostra
(Isis)
A princípio, deixa dizer que há princípios
Que abrem sítios sagrados que não cabem ímpios
Logo, eu como logos jamais
Serei um ogro que cede a jogos mentais
Pois sou o verbo e nao confundir com verborreia
Não me vergo, vim conduzir, não ser boleia
Antes de ser carne eu quero ser o cerne
Antes dissipar-me a viver como verme
(TRSS)
É sério, Isis? Juras? Só dizes loucuras
Deixa-me levar-te agora ao templo das Escrituras
Por que não lanças-te do topo? No protocolo
De meu contrato não partirias do subsolo
Veja, por mais que faças, pareces inativo
Te apresentas como Verbo e só vejo um substantivo
Prezado, tu serás mais um rei entre tantos
E acaso não terás tua própria lei? Entre, vamos
(Ísis)
É óbvio/ que tu como o próprio pinóquio
Não te sobre o sóbrio só te cobres de ópio
Não sou o tipo que topa esse tipo de topo
Desencripto a forca, de um modo mais hostil
E nem sou colérico eu só não tolero o cru
Sou do amadurecer o verde só no pretérito
Não vou adormecer nesse sono por ter e tu
Devias te conter não me vendo por méritos
(TRSS)
Tens rejeitado meu contrato e você leu, mas
Tens evitado meu contato vens com celeumas
Não hás vencido meu imperativo do qual derivo
Tenho sido o indicativo do modo subjuntivo
Com que vives irregular que és, e como tal
Talvez te apassives pois não mudas em radical
Por meu apreço rogo que penses direito
Eu te ofereço/ logo um futuro mais que perfeito
(Ísis)
Cair na ilusão de futuro não faturo, fraturo
No presente me apuro a lidar com apuros
Raramente aturo ambientes quehá puros
Poluente da cura dos doentes no escuro
Por isso te digo deixa o bieno vocar
E soltar o verbo como fez Tierno Bokar
Não me subjugo a gramatica, venço
Por ser o verbo que só se conjuga no silencio
(TRSS)
Lamento a recusa/ Bem, há tempo de escusa
Vem cá e me escuta:/ Sempre atento te vês, usa
Cem por cento da tua razão e não crês numa
Palavra que digo? Então, seu filho de uma...
Reconsidera, és afeito à meditação
Ouça o cego impulso do ego que te dita ação
Em vão me peitas; sou qual tudo que há de poder
E se não me aceitas, yo, afinal, vá se foder