Aprendi a conviver, um pouco com você
Pra me bastar seu chão
Mesmo a tua proteção, me deixou perceber
Que eu podia voar
Mais alto que o céu
E preferi voltar
Dizendo que era sua
Além do teu gesto simples
O prazer em admirar
Cada palavra sua
Hoje presa nos teus laços
Sabendo que é amor
E dele depende até minha respiração
Agora sou você
Não sou um corpo só
O seu é que me faz viver
E eu sem você seria nada
A minha estrada, a caminhada
Teriam pedras pelo caminho
Um ser sozinho, um barco sem chão
Aquela bela luz que se apaga
Na hora que o espetáculo acaba
Em que o artista pode chorar
Sem o seu público, sem o seu par
Eu sem você seria nada
Minhas manhãs, minhas madrugadas
São como um dia que não passou
Tudo sem rumo, o ar que faltou
O pão que não me serve de nada
A porta da entrada que se fechou
Eu sem você seria nada... nada... nada
O teu calor me aquece do frio
me tira o vazio da madrugada
Eu sem você seria nada... nada... nada