Trago milongas no peito templadas pelas andanças
E legadas pela herança que carrego dos meus d´antes
Os que foram semelhantes e plantaram as sementes
E guardaram as vertentes guitarreiras dos errantes
As milongas me revelam o que sou e de onde venho
Nas saudades me detenho a pensar nos horizontes
E me vejo nos repontes a perseguir as estrelas
Como um sinuelo de penas que extraviei pelas noites
Solito mateio e penso e o coração se me agarra
Com semblantes de guitarra e saudade por querência
Reencontro uma vivência de consumir horizontes
Revivendo antigas dores pra me encontrar nas ausências
Eu trouxe as velhas milongas, revivo e sou o passado
Trago um silêncio guardado e um longe causando efeitos
E um mesmo destino estreito retoma as velhas constâncias
Ir encurtando as distâncias pelas milongas do peito!