Venho implorar para você repensar em nós dois
Não demolir o que ainda restou pra depois,
Sabes que a língua do povo é contumaz traiçoeira,
Quer incendiar, desordeira, atear fogo ao fogo,
Tu sabes bem quantas portas tem meu coração
E os punhais cravados pela ingratidão,
Sabes também, quanto é passageira essa desavença,
Não destrates o amor.
Se o problema é, pedir, implorar,
Vem aqui, fica aqui, pisa aqui neste meu coração,
Que é só teu, todinho teu,
E o escorraça e faz dele gato e sapato,
E o inferniza e o ameaça,
Pisando, ofendendo, desconsiderando,
E o descomposturando com todo vigor,
Mas se tal não bastar o remédio,
É tocar esse barco do jeito que está,
Sem duas vezes, se cogitar,
Doce de coco, meu bom-bocado, meu mau pedaço de fato
És o esparadrapo que não desgrudou de mim...