Lá na fazenda eu deixei a bica d'água
E até arado onde eu plantava o meu feijão
Deixei a rede como sempre balançava
E o milho-verde esverdeando todo o chão
Lá na fazenda eu deixei o meu cavalo
E aquele céu fotografado na retina
Levei a bênção dos meus pais pra minha amada
E o sorriso do retrato da menina
Meu corpo tá na cidade o coração ficou no mato
Os meus pés tá na botina que eu troquei
Pelo sapato no farol de cada carro
Eu vejo um vagalume vindo
A saudade tá chegando amanhã mesmo eu tô indo
Vou rever quem eu deixei comer arroz feijão e ovo
O plebeu volta ser rei serei feliz de novo