Beira do mar
De Macapá
Vento sedoso no ouvido
Nuvens figuram, pedaços da vida
Sobre as cabeças
De quem tem os pés por lá
Virgem morena
Meu peito ecoa
Tantos apegos por ruas vazias
Tantos chamegos por virgens vadias
E faz tanto tempo
Que a gente se vê
Me acomodei
Do outro lado da América do Sul
Tenho um quintal
A paz
Um uirapuru
E sou feliz por ver meu céu azul
Vou navegar entre os meus rios
Meu bronze é fruto de um sol amigo
Que nasce em cima de Macapá
A minha alma amorenada
Sentou-se sob a madrugada
Fez a canção do Equador