Pra que tanta angustia se a razão lhe sobe a cabeça?
E se decidindo a toda hora como se a fé lhe faltasse um instante.
Dois pães para o café. Mas o dia vem deposto. Um jornal para o
almoço...E a tarde livre pra pensar.
Na despedida do moço. No beijo que não quis durar.
No horário das oito. O fim da novela. Seu pranto. Seu ultimo consolo
Vai raiar... A noite adentro.
Vai cantar... Depois é só menina
Quem sabe vai mudar
Lá lá laia laia lá
Ao chegar em casa. Sem a cortesia dos ombros. Sem o realengo.
Na audácia triste do choro. Encurtando a frase num desabafo gago.
Padeceu no sono sem desvairar
Um pão para o café. E o dia vem nascente. Uma conversa para
acompanhar... A ressaca de ontem.
Os planos de hoje. São versos de um cigarro inteiro
O almoço sai as três. Os chegados vem pra cá.
O jantar sai as seis. Uma cuba pra acompanhar.
Vai raiar... A noite adentro.
Vai cantar... Depois é só menina
Quem sabe vai mudar
Lá lá laia laia lá