Saiba que eu nem me reconheço mais
Pequena sombra entre os demais
Não sou capaz, apago o meu passado
E o medo de eu ter que voltar atrás
Minha mente entende que sou só um ser inocente
Mas meu coração me faz questão de eu me ver tão diferente
Em frente do eu vazio, meu presente a sangue frio
Nem percebi, quando eu vi minha aparência se tornou sombrio
Reflexo daquele rio, não é meu feitio andar no podre
Mas virou vicio crescente novamente eu digo só mais hoje
Estou tão longe, mas estou tão perto
Estou errado, mas também estou certo
Só quero que acredite, não hesite porque deseja
Almeja e sua ambição fará um pão velho virar cereja
Então veja, porque assim sinto, dentro de um labirinto
Perdido, indeciso por qual será o melhor caminho
Eu minto pra mim mesmo, temo que assim perco a essência
E aquele antigo sombrio vazio volta a ser minha aparência
De novo, e de novo
Só quero livrar da dor, ter valor sem ser visto como um louco
Fazem pouco, fazem pouco de mim
Por isso eu luto, dou meu duro pra mostrar pelo o que vim
Eu vou até o fim e dos insultos me preocupo depois
Pois se dou ouvido, não duvido minha consciência vira dois
Se tem algo que não espero, é voltar a estaca zero
Sucumbir e preferir a ser aceito, e ser sincero
Minhas palavras, minha vida, memórias já esquecidas
Faço pelo meu bem, também por que de mim duvidam
Me alimentam com expectativas excessivas, cultivam meu stress
Da cabeça aos pés, sinto como em um jogo de chess
Xeque mate e um combate, empate aqui não tem
Olhar pra frente e ter em mente se não for eu será alguém
Sou forte como ninguém, vou até 100 mil, confio
Que com determinação 1 milhão será só um desafio
Cair no macio? não espero por isso
Não espero por isso, espero me machucar
Olhar o que eu fiz e o que é preciso
Sair com sorriso no meu rosto, sem arrependimento
Esperar sentado, qual o pecado vem meu julgamento
E nesse momento que preciso sentir aqui dentro
Se tudo que tenho feito é em respeito ao meu sustento
Se o escuro aqui guardado será apagado por luz
Ou se as trevas me acompanham pois sou eu as que conduz
Preso na cruz, feito de pedra
Banhado a ira mentiras, meu corpo farto de inveja
Mais mente lerda, se entrega a esse padrão
Minha visão sendo alterada o que chamam de aberração
Distorce definição, sem solução pra quem se afeta
Perde a seta, e a linha reta se quebra quem segue a meta
Essa dor me completa, muita ironia
Mas a frustação que traz disposição ao levantar mais um dia