Sob a falta de luz, induz o instinto, o ser nocivo ataca
onde repouso é luxo, a vida é luto, ofusca as madrugadas
a vida cobra, sobra um milhão de cobra no ninho
a noite oferta o trono e o veneno em taça de vinho
Sozinho no deserto urbano, andando e contanto os passos
desvia quem tá na linha entre o sucesso e o fracasso
é fácil de encontra os rato e ver que a sombra não acaba
viver junto durante o dia, e a noite os louco se matar por nada
Refúgio pra vários, saída pra outros se esconder
motivo pra porcos, com corpos encontrar poder
poder crer que no direito do gueto tentar vencer
eles só matam quem tenta sobreviver
Eu vou ver, vagantes em busca de prazer
se envolver, com quem caça o pão antes do amanhecer
futuro trágico, claro, também irônico
a vida é um grande cassino e a noite aposta suas ficha no jogo
A luz ofusca a visão, muda o trajeto
Se aventura com a razão e desloca o que estava certo
note a sorte, distorce não tem fortuna no pote
antes por hobby hoje por necessidade sou
Um andarilho, sigo contra o sentido
Sinto que estou sozinho e mesmo acompanhado eu vou
Mesmo acompanhado eu vou
A noite, seu pesadelo veio pra pegar você
A noite, não adianta se esconder
Condena o efeito do 'but' zoado ao não poder cruzar a esquina
Minha sina e fazer rima do que cruza minha retina
A noite é foda jão, oferta o cão junto a Madalena
em meio a judas não pra ver o senhor vestindo algemas
Porra, nós na madruga quente tio, frio é normal
Palavras na terra dos ventos. Estado da city zero grau
50 primaveras vivendo abaixo de zero
associa a escravidão ao sonho da foice e do martelo
Por trás de cada beco o medo é o tempo esconde um palco
O álcool suga e gera a fuga indevida de quantos Malcom X
Se prevalece a fé, alvo é quem tá de pé, normal
Ignora aqueles que ficam na horizontal
Triste crise insiste em virar rima nos beat
A triste crise insiste em fazer sonho virar filme
Firme, acorda firme, define pesadelo o sonho
Dormir quimicamente, se refugiar do jogo
De calçada em calçada caçando uma casa o acaso me causa uma breve pausa tão leve não passa
Aqui cheguei reis criaram suas leis não me abaixarei atordoado um desconhecido batendo à sua porta
Acorda, senão a corda enforca no fim do túnel há um farol
Seis horas amanheceu o fim se dá com os raios da luz do sol
Com os raios da luz do sol
A noite, seu pesadelo veio pra pegar você
A noite, não adianta se esconder