Hey negro, por que vejo tanto ódio em tu face
hey negro por que vejo tanto ódio em tu adaga
hey negro!
hey negro, porque vejo tanto ódio em tu face?
hey negro por que vejo tanto ódio em tu adaga?
Meu direito, bato no peito, latino americano
Soy patrón de mi destino como mi hermanos
Revoltado a miliano, sangue regou verdes campos
Febre abaixada pelo minuano
A araucária que só me faz lembrar
Cada bala que cortou esse horizonte
"El Negro" Adão Latorre 300 a degolar
Pra vinga a família de um homem
O tempo que julgue os meus feitos
Fui fiel aos preceitos, lutei pela causa e nela eu descanço
Na guerra ganhei, perdi tudo o que tenho
Vem de gravata vermelha em meu leito me visitar no cemitério dos anjos
Em meio ao frio da memória de cada vivente
que conheceu o fio e a fúria de quem defende
a liberdade de cada homem honrado e bravo
povo sem cultura acaba se tornando escravo
hey hermano por que vejo este campo cubierto de sangre
Yo soy o que revive um pasado cubierto de gloria
De gloria!
Nossa história, o meu direito, singelo e verdadeiro
O pica pau xerengue viveu o seu pesadelo
A navalha e o maragato disposto a se vingar
como ovelhas seu pescoço vai marcar
As águas vermelhas tingidas pela resistência de quem
pergunta quanto vale a vida de um homem de bem
na Lagoa da Música o clarinete ecoa
as notas e ofensas dirigidas a sua honra
terror em Bagé
pela vingança e a fé
ei coronel tu vai pagar os seus pecados
em memória do meu pai, filhas e mulher
ouça o pavor dos seus soldados
o ódio acumulado mas não vale a munição
três centenas de orações e pedidos de perdão
herói ou vilão? sou emissário
o tempo é necessário pra entender esse legado