Eu vou sentar a beira do rio
Eu vou sentar a beira da ponte
Eu vou beber das águas do rio
Atravessar o rio pela ponte
Como um homem que chora e vai embora
Como um homem que vai pra não voltar
Como um homem que chora, implora que a chuva
Eu vou
Como navalha afiada, vou cortando o horizonte
Como a régua e o compasso
Conselheiro e o cangaço
Resistindo ao tempo
Resistindo ao espaço eu vou
A ponte que passo por sobre o rio
A ponte que as águas do rio levou
Vou seguindo os passos da chuva
e dormindo sobre o vento eu vou
Como um povo que ignora a revolta das torrentes
Como um sol que arde a pele
E nas margens as enchentes
Por todos os lugares, arrastando gente eu vou
Como navalha afiada, vou cortando o horizonte
Como a régua e o compasso
Conselheiro e o cangaço
Resistindo ao tempo
Resistindo ao espaço eu vou