Falou-se bastante
Das tais curandeiras
Que a curar mentiras
Vieram da China
Com seus dois pauzinhos
Cutucando os olhos
Porque tem antolhos
Dentro da menina!
Vá por mim, prefiro
Acabar caolho!
Porque não aspiro
Levar pau na vista!
O jornal do conde
Senador e etcetera
Diz que o pau penetra
E o bicho descobre!
Deu às três chinesas
Um chateau decente
Para calmamente
Ir nos roubando cobre!
Eu não caio nessa
Me encosto ao muro
Minha vista, depressa
Vou pôr no seguro!
Gente, a quê lamenta
Seu chinês pauzinho?
É muito fininho
Porque não remói
Mas eu vos garanto
Que já fui menino
Mesmo sendo fino
Pau na vista dói!
O padre Malvino
Me disse em segredo
Que de um pau bem fino
É que ele tem medo!
Minha sogra-bunda
Nas ideias minhas
Foi ver as chininhas
Sem me haver falado!
Voltou de lá zangada
Furiosa e brava
A dizer que estava
Com sua vista estragada!
Foi muito bem-feito
Pra’ra chorar é tarde!
Pois mesmo com jeito
Pau na vista arde!