Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Vou no silêncio, na miúda
Preparado pra qualquer desafio
Pra defender o que é meu preciso ser sangue frio
Habilidoso feito um bom caçador
Para me proteger do inimigo aonde que for
Seja o que for é difícil esquecer os problemas
Quando o sangue sobe pra cabeça
É cabuloso quando você procura algo
Neste mundo que te fortaleça
Parece que até o sol não quer brilhar pra você
A ziquezira os inimigos junta tudo
E fede igual a cecê
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
De frente ao seu barraco
Sentado no banco só observando
O vai e vem das carretas
E os pivetes do corre chegando
E se liga Zé
Recordo o Markin passando do outro lado da rua
Desviando das pedras de tropeço
Estifernado de besta
Desde de criança aprendemos a conviver
Com o sofrimento parceiro
Vou no silêncio, na miúda
Assim prossegue a caminhada
O inimigo tem a ferramenta
Pra te jogar em barca furada
Na continuada, uso capa de pistola
Pra te caguetar na fita de cinema
Que foi dada, que nada
Nessas horas quem fala mais alto é a numerada
E o capa no final ganhar delação premiada
Rajada na cara
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Amanheceu um dia bom, mas um pouco empoeirado
Eu não confio em ninguém, olha a cara do soldado
Que reflete a minha face, na sua lupa escura
Eu vi o meu cyclone nos pneus da viatura
Eu vi um cara bom que também foi humilhado
No canto da parede tomar choque de um safado
Vi mina de treze a espera da cegonha
Moleque de quatorze se acabando na maconha
Se quer falar de paz então me mostra onde ela tá
Porque se tiver no sol com as mãos eu vou buscar
Trazer um pouco dela, pra dentro da favela
Reduzir a dor e a morte aqui na nossa quebra
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa
Na paranoia eu dou um pam e ligo uma marafa
Misturo tudo, volcano com vodka e penso que tô
Curtindo uma lombra paia, mas a lombra é massa