Madeira de dar em doido eu sou
sou cerne da aroeira
eu não fujo do perigo não
nem me escondo na trincheira
qualquer paixão me diverte
mexer comigo é besteira
aqui o sistema é bruto
e a parada que eu disputo
venço de qualquer maneira.
Deixa o pau cair a folha
e hoje a cobra vai fumar
mulher, cerveja e rodeio
e a viola que ponteio
faz esse mundo girar.
Ninguém nasce pra semente, eu sei
sou do bem, não quero guerra
respeito é bom e eu gosto, é lei
malandragem aqui se ferra
sou caipira viajado
o bom cabrito não berra
sou amigo dos amigos
porque os meus inimigos já se foram dessa terra.