Oh, não me telefones nunca mais
Longe as falas sensuais dentre os lençóis
Pois tua voz diz no computador, com puta dor
Que outra voz paz; jaz muda já lá atrás
No tempo em que falavam os animais
Não compro às violeteras imorais
Pois não bato em mulher nem com uma flor
São de tal arte os negócios do amor, que sem pudor
É posto a parte qualquer amador
O amor é coisa pra profissionais
Sem telefone não me cantarias
Pois eu, sem flores como em tantos dias
Cortara na palmeira e em rubro uns corações
Comprar a rosa a faz ou não ser minha
Me ouves tão perto, a culpa é só da linha
Sorriso, amor e flor são hoje bossa em palavrões
A gente cega a quem Deus quer perder
Faz ver mais no milhão que no prazer.