Agora voltei depois de muitos anos.
Rever a querência onde eu nasci.
Depois de passar tantos desenganos.
Só Deus é quem sabe o quanto sofri.
Depois de falhar mil e tantos planos.
Longe do papai da mãezinha e dos manos.
De tanta saudade eu quase morri.
Daqui eu parti em busca de riqueza.
E ficou aqui minha felicidade.
Conheci no mundo alegria e tristeza.
Sofri de paixão, amargura e saudade.
Da gente cabocla e da sua pureza.
Das lindas paisagens da mãe natureza.
Nisto eu senti falta na grande cidade.
Aqui eu daixara o luar cor de prata.
E os bons amigos com sinceridade.
Deixei passarinho cantando nas matas.
E fui ver de perto o que é a cidade.
Eu trocar o lenço por uma gravata.
Depois compreendi que a troca era ingrata.
Pois nela eu perdi minha tranquilidade.
Se agora voltei eu não sou um novato.
Poia aqui vivera alguns anos meus.
Bem diz o ditado e eu acho que é fato.
Que um dia o bom filho regressa aos seus.
Não suportei mais ficar sem contato.
E quanto mais me aproximo do mato.
Mais eu vou sentindo a presença de Deus.