São altas horas da noite
Ainda estou acordado
Contemplando a luz da lua
Da janela do sobrado
De que vale ter riqueza
E viver tão desprezado
Pois um homem sem carinho
Não vale um tostão furado
Sobre a minha janela
Onde sempre estou exposto
Vem a brisa carinhosa
Acariciar meu rosto
Até a própria natureza
Reconhece o meu desgosto
Sabe o quanto é doído
A gente amar quem ama outro
A paixão de minha vida
Vive roubando o meu sono
Amanheço na janela
Suspirando no abandono
A paixão rasgou meu peito
E por dentro fez seu trono
De um certo tempo pra cá
Nem de mim eu sou mais dono
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)