Vai sertão
Sertão de cabra macho
Terra de pedra e riacho
Cachoeira e estradas de chão
Quem é pobre anda a pé
Quem é rico anda de jirico
E sai conformado
Telefone é um moleque pra levar recado
Canto preferido é o sabiá
É bonito agente vê
Nas quebradas do sertão
O pessoal vem da missa
Parece ate procissão
Trazendo alpercata no ombro
Chapéu de couro na mão
Com o rosto empoeirado
Curtindo o sol de verão
Com os pés a calejados
Se arrastando em um bastão
O calçado domingueiro
É um chinelo de borracha
O sapado preferido
É uma alpercata de rabicho
Quando calça ela dói o dia inteiro
Aquele couro duro é no tornozelo
Chega na recepção cheio de catombos
Bota os pés no chão e alpercata no ombro
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Enviado por:
Luiza - Rio de Janeiro