Pagando o mal com o bem
Vou convidando o sol
Para chegar mais cedo todo dia
Iluminando a qualquer hora
A vida é soma não esqueço
Plantar, colher é desse jeito
E assim escolho plantar luz
Há mais em mim que pés cansados e alma pra lavar
Apesar de me contentar com o que me cabe hoje
Não me foge a certeza de que um dia
Talvez amanhã, talvez vida que vem
Haverá no meu peito menos medo
e mais espaço pra canções tortas
E coragem pra provar o corte
O suficiente pra evitar o raso
A que me condeno, às vezes por receio
às vezes por conveniência
Que me afasta, enquanto me envolve fundo
da beleza que é provar o profundo
E da liberdade que é viver independente
do que não sou essencialmente dependente
Do que não sou essencialmente
E de não ser dependente de viver o que não sou