Era uma casa velha onde ninguém morava
Em uma rua onde ninguém passava
Tinha uma porta que ninguém abria
E uma janela em que
Ninguém jamais se debruçava
Era uma cidade cinza que lhe rodeava
Num vale cinza onde o sol não batia
E no riacho que lá não corria
Tinha um barco estagnado
Com um letreiro que dizia:
«Aqui morreram e foram enterrados
A poesia e o sonho
De quem veio neste mundo pra viver resignado
Aqui morreram e tudo o que sobrou
Impenitente e solteira
Foi a Flor, foi a Flor, foi a Flor »
Dans une vieux village poussiéreux
Aux rues depuis longtemps désertées:
Un ruisseau.
Un vieux bateau ensablé
Y porte un écriteau:
?Ici gîsent la poésie et le rêve
de ceux qui se sont rendus
sans résistance
Mais il y en est resté une, irréductible:
On l?appelle la Fleur?
In an old dusty town
Desert streets, empty homes
And a stream.
A boat is stuck in the sand
Bearing a flag that says:
?here lie the poetry and dreams
of those who have given up without a fight.
But there is one who faught back:
They call her the Flower?