Todos que nascem no mundo tem seu destino marcado
O amigo zé Inácio vivia comprando gado
No transporte a mato grosso ajustou dois empregados
Pois quando o boi se arribava
A tarefa aumentava seu trabalho era dobrado.
Zé Inácio inocente de nada desconfiava
Que aqueles peões estranhos de má fé lhe acompanhava
Pra roubar o seu dinheiro e a boiada que levava
Os malvados desordeiros
Liquidaram o boiadeiro quando ele repousava.
Os dois seguiram viagem tocando boi no estradão
Nós vamos fazer parada na primeira povoação
Tomando conta do gado um deles ficou de plantão
Outro foi buscar virado
Pra ficarem reforçados e atravessar o sertão
Admirando a boiada o peão pôs-se a pensar
Se eu ficar dono de tudo riqueza maior não há
Quando o outro foi chegando ele correu se amoitar
E com um tiro bem certeiro
Derrubou seu companheiro que acabava de chegar
É como diz o ditado quem muito quer, nada tem
Comeu aquele virado e já não sentiu-se bem
Pois estava envenenado e ali morreu também
Hoje aquela boiada
No sertão vive alongada não pertence a ninguém.