Falado:
- Senhorita preciso falar com médico, é caso urgente.
- Pois não, é um minutinho só. Doutor
- Sim, qual é o problema?
- Doutro no meu carro tem um rapaz que sofreu um acidente de automóvel e está entre a vida e a morte. Precisando urgentemente de seus cuidados. Eu a socorri na estrada e não o conheço. Vê o que o senhor pode fazer por ele.
- Tudo bem, só que o seno tem que depositar quinhentos cruzeiros para os devidos tratamentos. Caso contrário não vou cuidar de uma pessoa estranha que não tenha ninguém por ele.
- Mas doutor eu apenas estou cumprindo o meu dever.
- É se o senhor não tiver o dinheiro aconselho que leve a vitima para outro hospital.
- Tá bem se é que o senhor exige uma certa quantia para salvar uma vida eu vou tentar arrumar o dinheiro.
- Bem, sendo assim pode trazer o rapaz.
Cantado:
E o moço acidentado foi pra mesa do hospital
Sentindo muitas dores seu estado era mal
Agravou seu pensamento e parou seu coração
E assim ele morreu dentro daquele hospital.
Como se fosse indigente sem ninguém lhe por as mãos
O rapaz do automóvel quando voltou com o dinheiro
Entregou aquele medico os quinhentos cruzeiros
O doutor se preparou para atender o ferido
Mas a sua enfermeira transmitiu este aviso
Que o moço acidentado já havia falecido.
O doutro disse a enfermeira me entregue os documentos
Pra cuidar do laudo médico e do sepultamento
A surpresa foi tão grande que o doutro quase morreu
Deu-se ali grande tristeza pois aquele moço estranho
Que o doutro não seu socorro era o filhinho seu.
Disse o médico chorando me desculpe caro amigo
Por um erro irreparável perdi meu filho querido
Que isto sirva de exemplo para os meus companheiros
Foi cruel o meu castigo e agora reconheço
Que perdi meu filho amado só por causa do dinheiro.