Escorre o suor do corpo, e vai se abrigar nas dobras
Dos lençóis de linho
E dançam nas noites as horas
E as moscas zombam de eu estar sozinho
Metade de mim se espanta
E do silêncio surjem as vozes do desejo
Sussurram minhas memórias
Fazendo histórias em que eu me despejo
Eu vejo aranhas tecerem lembranças
E na parede crescerem as sombras
A sua sombra, o seu afago, a suas mãos na escuridão
Pelas mãos frias dessa solidão me faço dois
Eu vejo aranhas tecerem lembranças
E na parede crescerem as sombras
A sua sombra, o seu afago, a suas mãos pra escuridão
Pelas mãos frias dessa solidão
Me faço dois e feliz e feliz e feliz