Há flores que desabrocham no vendaval
Serão sempre rosas do vento!
Eu cismo em regar o tempo
Quando se aproxima sempre o temporal
Tem os teu lábios gentis
O vermelho que tinge a cor
E os teu olhos ainda febris
Desconhecem o amargo da dor
O teu rosto ainda sabe o que é um sorriso
Eu esqueci! O que me restava
Em um silêncio me calava
Quando descobri que jamais
Estaria no paraíso
A chuva cai e evapora
És a mesma feliz todos os dias
Sabes que apesar da demora
Vais superar as noites frias
A vida tece nossos destinos
Sem jamais tecermos teias
Como sangue em nossas veias
No segundo em que eu consigo o domínio
Sou rei em seu percurso
A estrada que segue em linha
Mas se ergues-te com um impulso
Solidão é somente minha!