Eu sempre defendo na moda campeira
As coisas bonitas lá do meu sertão
Eu nunca me esqueço a mocinha faceira
Te faço presente do meu coração
A senhora idosa a mãe brasileira
Aceite em meus versos minha saudação
Ao meu conterrâneo que hoje é roceiro
Receba o abraço do irmão brasileiro
No disco que agora está em circulação
Já há muito tempo eu moro na cidade
Mas sou gente simples filho de caipira
Fibra de caboclo que fala a verdade
E vivo lembrando o tempo do catira
De muitas passagens eu sinto saudades
Das modas bonitas meu peito suspira
Eu gosto bastante de uma cantoria
Pra mulher bonita escrevo em poesia
Amor ou desprezo também me inspira
Eu sempre me lembro da festinha boa
Das belas meninas lá da redondeza
Da simplicidade daquelas pessoas
Do aroma do mato com tanta pureza
Gosto lá da curva do rio na canoa
Fitar as paisagens completa a beleza
Já fiz um grã-fino da sociedade
Sonhar meditando na tranquilidade
Do sertão florido pela natureza
Quando o galo canta lá no poleiro
Riscando a espora, balançando a crista
Eu sigo cantando no Brasil inteiro
Levando a mensagem da terra paulista
Sou muito feliz por ser violeiro
No verso da terra eu sou repentista
Meu sertão é o tema que trago na alma
A ele eu dedico o aplauso e as palmas
Que o povo oferece para o seu artista