[Verso 1: Daime]
Novos tempos trazem fé pra quem se vê distante
De sua própria essência ou do próprio instante
É o paraíso acima ou o é inferno de Dante?
Utopia é ser perfeito, então me aceito como errante
No limbo do caos, fomos deixados pra trás
Não faço ninguém de degrau, desejo o bem pros demais
Navio perdido do cais, intuição nem sempre exata
Nem todas decisões da minha parte são sensatas
A vida é abstrata em todos termos e códigos
Todos nós temos ódio, até dizemos que é lógico
É trágico ver a falta de amor ao próximo, meu chapa
Caminho sem mapa, aprendizado no tapa
Sem entender que seu trajeto é alguem que direciona
Desliga a realidade ao se sentar na sua poltrona
Outro canal, outro portal pro nada, se aprisiona
Na falta de entender que o medo te condiciona
E tudo é parte de um plano supremo
E eu vou centro do plano
pra ver meu sonho acontecendo
Vivendo além da culpa, respirando e absorvendo
Sem ambição pra ser Deus
sem arrogância pra ser gênio
Te deixo aqui em nota o que escrevo, e eu percebo
Que o mundo é só um moinho num efeito placebo
E que eu só aprendi porque compreendi meus erros
Pra ampliar o sentido do que penso e do que vejo
[Brisa Flow]
Dance comigo
Um recomeço
Dance comigo
Da me otro beso
Dance comigo
Um recomeço
Dance comigo
Da me otro beso
Acordando entre os beijos de um mago
Dou uns trago no enrolado adormecido no cinzeiro
Fumaça no espelho, eu me encaro
Sou como ele, todo quebrado
Ainda intacto na parede
onde eu penduro minha rede amarela
A grande beleza, quadro aberto da janela
A felicidade instantânea, momentânea
subjetiva no sorriso dela
Da me otro beso
Vamos de novo
Um recomeço
Da me otro beso
Um brinde a vida
Vamos de novo
Dance comigo
Da me otro beso
Da me otro beso
Um recomeço