Berimbau batia
Cabaça gemia
Moeda corria
Eu queria pular
Ah! Ah!
Eu queria pular
Ah! Ah!
Escrevi o meu nome num fio de arame
E quem quer que me chame
Vai ter que gritar
É! Camará!
É! Camará!
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
Maria Macamba perdeu a caçamba
Num cateretê
Sambou noite e dia
Que até parecia que ia morrer
Nasceu num quilombo
Aprendeu levar tombo
No canjerê
Foi de cesta no lombo
Com água e pitombo
Trocar por dendê, fuzuê
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
Tinha um pé de coqueiro
Cobrindo o terreiro
De onde eu nasci
Eu vi que o coco era oco
E valia tão pouco
Para se subir
Mas eu com um taco de toco
Tocava no coco
Pro coco cair
E pegava no coco
Quebrava com um soco
Sem repetir, fuzuê
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
Berimbau batia
Cabaça gemia
Moeda corria
Eu queria pular
Ah! Ah!
Eu queria pular
Ah! Ah!
Escrevi o meu nome num fio de arame
E quem quer que me chame
Vai ter que gritar
É! Camará!
É! Camará!
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender
É! Fuzuê!
Parede de barro
Não vai me prender