Vem de lá, de muito longe }bis
Esse meu cantar...
Vem lá das ruas desertas, dos bares noturnos
Dos beiços babados, dos olhos soturnos
Do jeito cansado, do corpo marcado
De quem já apanhou de aroeira
Eu sou o filho mais moço
Do pai que de morto
Me deixou a rua pra eu ver o desgosto
No rosto de quem vive na poeira
Quieto, deixa isso de lado
E vamos indo em frente
Que a cavalo dado não se olha o dente
Resta finalmente um tempo pra cantar
Um samba rasgado, um samba dolente
Que nos feriados não vai trabalhar
Vem de lá de muito longe }bis
Esse meu cantar...