Coberto de santa-fé
Frente norte, chão batido
Quatro paredes barreadas
Na quincha alguma goteira
Por onde olho as estrelas
Nas altas da madrugada
E os dias se tornam longos
Neste rancho solidão
Que há muito faço morada
Quando o sol vai se enterrando
Cevo um mate e de escoteiro
Minha alma pega a estrada
Repasso uma cantilena
Que eu fiz para a morena
Que há de ser minha namorada
Ser ginete não me basta
Quero descobrir os segredos
Do freio e da prenda amada
Quando o sol vem apontando
Já estou revisando a tropa
Lá da última invernada
Por companheiros
Um cusco amigo
E uma tostada buena
Das quatro patas calçada
E um rancho que é solidão
Enquanto eu não amansar
De garupa a minha tostada