Quando o Sul era só a imensidão
E os caminhos iam nascendo sob os cascos
Índios e gaúchos se mesclaram neste chão
Traçando em velhos mapas novos rastros
Quando a Ibéria dividiu-nos em bandeiras
E nestas terras foi erguendo seus fortins
Era eu que empurrava essas fronteiras
A minha pátria, companheiro, estava em mim!
Era eu que empurrava essas fronteiras
A minha pátria
Estava em mim!
Hoje eu canto, pra honrar meus ancestrais
Tenho o sangue que forjou o perfil deste país
A identidade no olhar dos meus iguais
Jeito antigo de um lugar que tem raiz!
Quando mangrulhos vigiavam as lonjuras
E a ferro e fogo iam surgindo povoações
Minha estirpe fez seu mundo nas planuras
Forjando a raça no passar das gerações
Tantas vidas se apagaram sob a poeira
Muitas guerras de uma história já sem fim
Era eu que empurrava essas fronteiras
A minha pátria, companheiro, estava em mim!
Era eu que empurrava essas fronteiras
A minha pátria
Estava em mim!