As mulheres que eu conheço,
Pobres flores sem perfume,
Dizem que tudo o que faço,
É produto do ciúme,
Que eu lembro um toureiro antigo,
Que causa dó, causa pena,
Que não posso nem comigo,
Mas quero morrer na arena,
Os amigos que eu procuro,
Amizade é só fumaça.
Se relembro áureos tempos,
Fazem pouco, acham graça,
E se arranjo um novo amor,
Quando vem a madrugada,
Dizem logo que esse amor,
É romance de calçada.
Palhaço,
É um palhaço todo homem,
Que não sabe envelhecer,
Que não sabe impor silencio,
Ao maldito coração,
Que acredita na mentira,
Que perdoa a traição.
Palhaço,
É um palhaço todo homem,
Que se entrega ao desespero,
E não consegue compreender,
Que o passado já morreu,
Todo homem que não sabe,
Que no amor envelheceu,
Nesta vida é um palhaço,
É um palhaço como eu !...
(bisa a última)