Silóque:
Fita obscura com os filhos da pura, milho é secura,
tô sempre na mesma altura.
Por que antes de vir falar mal da minha cura,
pega uma linha, uma agulha e costura
essa boca que só, ou parceira dos olhos,
só foca no pior, no pique hardcore.
Se dou o meu trampo, eu faço ele bem,
pelo seu corre, se foca também.
Sufoca também! Se faz de refém!
Se pá na curvinha, eu vô tá bem além.
Incomoda? Eu tô zen!
Bem foda pra quem faz sempre seu corre
e num elege ninguém.
Se é do bege ou do green, se é kunk ou capim, n
ão quero seu dedo apontando pra mim.
É vero seu medo, eu percebi cedo,
o mesmo torpedo e o mal cheiro no fim.
Guimbando na ativa, com a fala viva,
cannabis sativa me seca a gengiva.
Eu marco seu barco que está à deriva,
e mesmo de boa sua fala é nociva.
Aqui? Meu espaço, eu tô chapadaço,
num caio no laço de nenhum cabaço,
de nenhum palhaço, o meu calhamaço é cheio de rimas,
só faço o que faço.
Por que do embaço? Eu não entendi.
Nunca fiz nada, nenhum mal pra ti.
O bolo eu parti, joguei pros quati,
e mesmo com banza seu top eu bati.
No pique Kill Bill, de boa com o Chiu,
se cê num curtiu, sua irmã me aplaudiu.
Calor pra caralho por todo o Brasil,
puta que pariu, De Buenas Crew.
Pin:
Espalha a fumaça e num fecha com os parsa ? De Buenas Crew.
Se não tem gelada, desce a cachaça ? De Buenas Crew.
Eu te dou o show e não vai ser de graça ? De Buenas Crew.
Legaliza na rua, esquina ou praça.
L.T.:
Os Filhos da Pura, se é que me entende, aperta,
carbura, e tu não compreende:
Geração futura, todos conscientes,
queimamos da pura freneticamente.
Tu olhas, aponta, De Buenas afronta,
queimamos do green até a última ponta.
D.B.C desconta, o olhar que desaponta,
paciência acabou tu que paga a conta!
Olhou torto agüenta, não gostou enfrenta,
mas parceiro não vem com posinha marrenta,
De Buenas não esquenta, comenta, argumenta que tipo igual
tu corre em câmera lenta.
Nem sabe o que quer, se é homem ou mulher,
mordomo ou chofér, sei que é um qualquer,
mas se me dispuser, um uísque ou um dreher, tomo, fico bem
loco e volto pra mulher, seu mané.
Só moleque louco, tem nome a fusão ? De Buenas Crew.
Atitude, respeito, sativa e união ? De Buenas Crew
Falador passa mal, fica ruim na minha mão ? De Buenas Crew
Me apresento L.T. no corre com os irmãos.
Pin:
Me olham, comentam, querem me julgar,
na rua ou facul o porco vem pesar,
Só acender pra rele se aproximar,
sente de longe a marofa no ar.
Na cidade, homem desonesto,
fardado, indigesto, governo não liga para o seu protesto,
só no papo reto, a lei alfineto,
pra ver se os olhos ficam mais abertos,
espertos e atentos a tudo que vê,
nunca acredite na sua TV, colírio de rimas
chegou no rolê, De Buenas no som e não tá em CD.
É só o começo da história sem fim,
Silóque produz, no vocal tá o Pin,
L.T. e Pateta completam o green team:
No quinto elemento, no free: Pixain.
Completa a família, tá feita a união, SP e Minas: A conexão.
A ideia é certeira, nunca foi em vão,
marcada na mente igual pichação.
Grafita a mensagem, espanta a maldade,
foda-se a imagem e o que pensam de mim:
Prezo a liberdade, crio a atividade,
que nossa verdade abre portas no fim.
Pateta:
Cena tomada com os filhos da pura, do mesmo time,
mantendo a postura, isola a loucura, acende e carbura,
altura do mate se apura na luta por glória
na vida insegura não acaba assim: (Saia do sofá).
Trampo uma inteira, enrolo a piteira,
não marca bobeira e deixa pra mim. (De Buenas Crew, neguim).
Assumo a trincheira, sem fresta ou leseira,
eu fico, tu vai, sem foco na vida se mostra incapaz.
Aproveita, aproveita, aproveita o embalo e corre atrás.
Da hora nas manha, vê se acompanha, De Buenas sagaz.