Evans:
De buenas neguim, sem estresse
Contando os casos que na cidade anoitecer
São poucos os que tem, e os que tem, já não merecem
De buenas não aceita o que esses porra oferecem.
Silóque:
Sobre a cidade: a sombra da maldade
De um lado e do outro flui a justiça,
Honestidade e a necessidade. infidelidade
Caminhando lado a lado, se estranhando com o amor de verdade.
São muitas idas e vindas pelo flow das avenidas,
Mulheres lindas...são sempre bem-vindas.
Pelos faróis dos carros, muitos deles imprudentes,
Nas estreitas calçadas, uma multidão de gente.
Mil opções de bares, milhares de bebidas,
Do nego mais rasgueira, até a mina bem vestida.
Discussões ou paz - brigas conjugais.
Amigos, putas, nóias, policiais
De bike, de skate..caranga ou a pé.
De cara com a playmate, baranga ou até
Trepadas, carinhos, mil flores, espinhos,
Em grupo, ou casalle flertando sozinho
Sinfonia iluminada formada por prédios,
Pessoas morrendo de tédio, só nos remédios
Movimentação: formigueiro pobre-rico
Mendigos, magnatas freqüentando o mesmo pico.
Gorozim com soda, desfiles de moda,
E um segura vela sempre empatando a foda.
24 Horas nesse memo batidão, atividade,
De buenas crew, sem gps na cidade.
De buenas pra constar, chega junto no rolê
No flow da poluição é que cê vê anoitecer
De buenas pra constar, diversifica e faz valer
Passo no sinal vermelho se o verde não acender.
L.t.:
Sem gps na cidade, mas sempre bem antenado,
Ligado com os tipos revoltados.
Desses aí tô sossegado, eu não embalo,
Eu quero é mesmo as mulheres e os aliados do meu lado.
Num barzim tomando skol, debaixo de lua e sol,
Com os irmãos rimando sob o efeito do etanol,
Ou até mesmo uma brahma, quem sabe
Até se embrama com alguma mulher disposta
E a fim de ir pra cama.
Avenidas e bares, mulheres vejo milhares,
Mas conto numa mão só as que não são vulgares.
Casas e condomínios sob atentos domínios,
Donos aguçam o raciocínio espertos com latrocínios.
O sino da igreja soam 10 baladas,
É hora do esquenta pra balada. então demorou,
Pin, desce a vodka gelada!
De buenas pra constar, chega junto no rolê
No flow da poluição é que cê vê anoitecer
De buenas pra constar, diversifica e faz valer
Passo no sinal vermelho se o verde não acender.
Pin:
Vodka, batida, caipiroska, pinga: várias menininhas
Em boates sem calcinhas. enganando os pais,
Atitudes sensuais, ela jura que é pura,
Nem de fundo ela é mais.
Putas e travecos, mendigos, butecos,
E no final da noite já não tem mais dono o reto.
Pobre vai sem carro, de busão lotado,
Vai direto ao banco e pega o mínimo salário
Duas horas na fila, o ronco na barriga,
Para no podrão e paga 3 conto a marmita.
Restaurantes chiques, roupas de butiques,
Tudo que cê tem só paga 1 arroz com bife.
Lojas do futuro, pixações em muros,
Governo e empresas dando o golpe do seguro.
Shopping, lanchonete, futebol basquete,
Criança vira bola entupidas de big mac.
Então abre o olho neguim e vê se percebe
Que não é tudo nessa vida que cê paga com seu cheque.
De buenas pra constar, chega junto no rolê
No flow da poluição é que cê vê anoitecer
De buenas pra constar, diversifica e faz valer
Passo no sinal vermelho se o verde não acender.