Eu vejo alguém doente
Sujo e maltrapilho
Eu vejo alguém chorar
Eu vejo alguém tentando
Lutando contra ele
Perdendo quase sempre
Eu vejo a sua morte
Toda sua jornada
Eu vejo as suas marcas
Que ele não faz questão de esconder
Mesmo porque não há como esconde-las
São tantas que vazam por qualquer lugar
Ele quer ser alguém
Alguém que ele nunca poderá ser
Mas todo dia que eu o vejo,
Em seus olhos,
Ainda há esperança
Eu o vejo em meu reflexo