Era ela a dona da minha vontade
Era ela a minha sincera amizade
Era ela que o meu coração alegrava
Que louca de raiva ficava
Se alguém por acaso me olhava
Era ela...
Era ela que o Bairro inteirinho adorava
Quando à noite na roda do samba cantava
Era ela que a vizinhança atendia
Trazendo pra uns alegria
E conforto pra quem pedia.
Mas um dia, que todos nós temos o nosso,
Todo Bairro de dor e tristeza chorou
Recordar sem chorar, não sei mesmo se posso
Tal o golpe que meu coração suportou.
Sobre a mesa de pinho do nosso quartinho
Quatro velas falavam de um luto de amor
Era ela que Deus para sempre levou
E depois
Nunca mais a tristeza me abandonou.
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ocnjr