Que saudade, da maloca onde eu morava
Tinha tudo que adifício não tem
Água na fonte, não fartava não
Nossa luz à querozene
Não apagava também
A noite tinha sempre serenata
O terrero da Maria
Em frente ao botequim do Zé
Cada qual com seu amor
Bem agarrado
Ponha sentido no caso
E diga se é bão ou não é
Desde que mudei pra cidade
Me adescurpe, essa verdade
Não me sinto bem
Cada vez que uma maloca é derrubada
Seu dotor tem a palavra
É o pogresso que vem
Que saudade meus senhores
Da maloca dos meus amores
por Nelson de Campos