Em cada esquina, em cada mesa de bar, em cada instante/ A nossa intolerância sempre foi uma constante/ Se você nunca se ligou cumpade, fique bolado/ Vamos fazer uma viagem ao passado/ No passado o ser humano foi escravizado, foi dominado, ludibriado e alienado/ Em todo esse processo/ Que até hoje ainda causa reflexo/ A raça humana sempre foi cruel e covarde/ Nunca valorizou a igualdade/ Sempre escravizamos/ Violentamos/ Deveríamos ter vergonha de nos chamar humanos/ No presente continuamos doentes/ Errar e insistir no erro é coisa da gente/ Jovens agredindo homossexuais, que não podem nem mesmo andar na rua em paz/ No futuro há uma luz no fim do túnel/ Ainda não está perdido/ Pelo menos tudo/ Gritamos que o preconceito é um problema/ Mas reproduzimos o mesmo jogo do sistema./ Inevitável não, o oposto sim / Atropela o preconceito, purifica o coração?/ Aê!/ Quem somos nós pra julgar o semelhante/ Pois todos têm direito de seguir a sua vida adiante/ Escolher o que é bom pra si mesmo/ Na minha opnião o importante é ser feliz/ No mundo inteiro eu tô ligado, são vários preconceitos/ Não gosta de viado e sapatão!/ E desse jeito/ Então o que fazer, ignora se esquiva/ Evolua sua mente, escuta o rap, assimila/ Pois nossa cultura é contra todo o preconceito/ Aqui a escolha é sua, todos têm o seu direito/ De ir e vir, tranquilo sem ser julgado/ Pelo olhar do ser humano frustrado/ Que agride, massacra, até mata/ Isso infelizmente é estatística em nossa pátria./ Que movimento é esse que estamos participando?/ Que agride outros seres humanos!/ Que porra de cultura é essa que estamos formando?/ Ao invés de unir, estamos segregando!/ A vida passa, o mundo gira e vê que nada mudou/ E vê que o novo pensamento ainda não se formou/ A ignorância e o preconceito saem do escuro e mostra a cara/ A sua face é violenta e despreparada/ Que vai no fundo da alma e corta a calma/ Transforma a luta da igualdade num sonho sem causa/ O seu olhar de reprovação me traz indignação/ Torna mais forte a minha posição/ Vocês não sabem como é difícil enfrentar/ O julgamento desse seu olhar/ Quando não quero que me entenda/ Só quero seu respeito/ A opção é minha, eu tenho o meu direito/ Deixe-me em paz, deixe-me sorrir ou chorar/ Me lambuzar de prazer ou me penalizar/ A opção é minha, então vamos por parte/ Respeite a minha individualidade/ Respeito é a palavra chave cumpadi/ Cada um de um jeito, essa é a realidade/ E preconceito com o preto, é preconceito com o gay/ Mas quem sofre também é preconceituoso que eu sei/ Dentro do rap os mano tudo diz que mata/ Se pega/ Se igualando ao skinhead/ A ideologia está cega/ O moralista pela-saco diz que sente pena/ A igreja católica, chega logo e condena/ Mas fala sério!/ Quem é você pra julgar?/ E opção sexual/ Temos que respeitar/ Cada um faz da sua vida o que quiser/ Independente se é preto, branco, homem ou muher/ Chega de hipocrisia e abra a mente/ Preconceito zero e vamos em frente/Existe coisa bem mais séria preocupando o país/ Deixa os cara quieto, deixe as mina ser feliz./ Que movimento é esse que estamos participando?/ Que agride outros seres humanos!/ Que porra de cultura é essa que estamos formando?/ Ao invés de unir, estamos segregando!