O sol é um abraço de Deus que aquece quando vem.
Pálpebras se abrem da sua ótica tudo cem.
Por cento e oitenta graus, de giro consegue ver.
Armário, rádio, TV, chinelos, deve haver.
Um cão do lado de fora com ar de que tanto faz.
O lixo, uma bicicleta, sonho de anos atrás.
Mais metros pra fora, agora recipientes de gás.
Oscilam entre moldes de Cristo e de Barrabás.
Mas tem que se enfrentar, levanta, lava o rosto.
Escova os dentes, medita, desperto a contra gosto.
Se veste investe na ideia, que isso é paranoia.
Que cada dia é um presente e Deus não vêm lá de Troia.
Que hoje dá pra vencer, agora vai compensar.
O cheque em que sua mente se encontra nesse lugar.
Você vai virar o jogo, Cartola e aquela Senhora.
No mp4, fone no ouvido e sai porta a fora.
[refrão]
O sol subiu o morro e me falou. Desça!
Disse pra sair de onde estou. Cresça.
Sempre que subir tem mais um show.
Apareça Deus pra que eu te mostre uns sonhos meus.
(2x)
[parte 2]
Do lado de fora tudo parece garimpo, e.
Todos parecem querer alcançar seu olimpo aqui.
Te atacam caso interfira, sem farsa, mentira, se.
Conhece alguém tão bem, espere a ira vir.
Mas nada que abale a fé de quem estacionou em pé.
No coletivo, sentindo individualismo até.
O teto, mesmo tão perto, calor humano em veto.
Sessenta pessoas, tão isoladas quanto um feto.
Desce no ponto, pronto pra refletir sobre o fato.
Talvez só esperassem que Deus entrasse em contato.
Mas quem trabalha sabe que é cansativo e chato.
Às vezes, mas o faz, antes que Deus encerre o contrato.
Local de trabalho requer mais um pro serviço.
Pra mixar o seus sonhos na base do compromisso.
E vontade. Lá vai ele lavar a alma sabendo,
Da importância de tudo. Play e Rec, valendo!