Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Você foi como veio
Como vento passou
E me deixou
Você foi, você foi, você foi, você foi
Você foi como veio
Como vento passou
E me deixou
Me deixou sofrimento
E o vento levou alegria
Dentro de mim ficou solidão
E cruel nostalgia
Eu tenho tanto amor
Mas não tenho a quem dar
Me roubaste a paz
Ainda hei de te ver
Sofrendo muito mais
Neste amor submerso
És o tema, o poema
Rima rica em meus versos
És o princípio e o fim
Pois és todo o melhor
Que existe em mim
O nosso romance
Teve uma transformação
Já não á amor, é gamação
O nosso romance
Teve uma transformação
Já não á amor, é gamação
Você foi como veio
Como vento passou
E me deixou
Você foi, você foi, você foi, você foi
Você foi como veio
Como vento passou
E me deixou
Peixeiro grã-fino
Vai para cozinha chamar mamãe, menino
E diz pra ela que tem sardinha
Tem peixe-galo e cavalinha
Peixeiro grã-fino
Peixeiro grã-fino
Vai para cozinha chamar mamãe, menino
E diz pra ela que tem sardinha
Tem peixe-galo e cavalinha
Peixeiro grã-fino
Tem xaréu, xerelete, corvina e taínha
Um bom siri pra muqueca
Pescado por mano Zeca
Salsa, pimenta-de-cheiro
Faz bom tempero
Azeite de dendê
Vá correndo, depressa, menino pra chamar mamãe
Chegou o peixeiro grã-fino
Peixeiro grã-fino
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Quem corre muito se cansa
Hoje eu ando devagar
Mas quando era criança
Tinha presssa de chegar
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa
Sinhá, pra que tanta pressa?
Não adianta correr
No final dessa conversa
Você vai me pertencer
Sinhá, sinhá...
Se eu corresse não chegava
Onde cheguei sexta-feira
No colo de uma casasa
Conquistando uma solteira
Sinhá, sinhá...
Sinhá, sinhá...
Sinhá, sinhá
A hora é essa
Devagar também é pressa...