Moro na roça iaiá
Nunca morei na cidade
Compro o jornal da manhã
Que é pra saber das novidades
Amanhã eu vou me embora
Vou vê-la comigo Maria Candeia
Se a noite tiver chuva
Os olhos dela que nos alumeia
E quem te viu, quem te vê
Quando aqui tu chegou
Todo tatibitati
Com aquele sotaque do interior
Todo dia passa lá em casa
É a minha comadre Lenita
Ela me leva O Globo, O Extra,
O Dia, a notícia
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Já cantei muito samba
Eu já fui batuqueiro
E na roda de samba
Fui diretor de terreiro
Arranjei uma cabrocha
Ela samba, trabalha e cozinha
Ela faz seu reco-reco
Na costela da galinha
Me chamaram pra versar
Um tal do Pedro Malaquias
Versei sexta, versei sábado
Domingo até meio-dia
Quando eu passo lá na Praça Onze
O que me faz recordar
É a velha sardinha frita
Onde eu ia me deleitar