Me sinto um escravo
(duêmio, guilherme sila e paulo marques)
Voce me difama prá suas amigas,
Me põe toda culpa e diz que não presto
Depois de deixar-me á baixo de zero,
Com todo sinismo, procura seu resto
E eu, muito bobo, aceito seu jôgo,
Voce faz de mim, o que bem entende,
Me leva prá cama, me usa e abusa,
Depois do amor, se sente confusa,
Seu jeito de louca, nem mesma compreende.
Pouco está lixando se sou bom marido,
Mas quer que eu seja prá sempre seu homem
Vai noite, vem dia, a fera não soscega,
Se corre, o bicho pega, se fica, o bicho come.
Faz deste idiota, seu gato e sapato
Por qualquer motivo, já roda a baiana
Sou bobo, sou besta, sou tolo e sou tonto,
Prá falar verdade, sou mesmo um banana
Não sei o que faço, prá me libertar
Me sinto um escravo em suas amarras
Mas eu não sou nada, longe desta fera
Amarrado junto de uma pantera
Se escapo das cordas, caio em suas garras.
Pouco está lixando, etc...
Vicente lopes farnézio (duêmio)