A matéria-prima é extraída da adolescente que engravida
Induzida pela pornogafia vinda das ondas televisivas
É estocada na primeira infância nos galpões de privação
Pros neurônios em formação serem destroçados pela inanição
As alienantes salas escolares é brutalmente exportada
A tortura nos reformatórios, C.D.Ps e penitenciárias
Depois do ódio envelhecido em tonéis de abandono
Ganham selo de qualidade pra carbonizar carros junto com dono
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado
Pra atirar e morrer em combate
A criação da classe A, é induzida pra saída explosiva
Pra pegar entre os escombros do caixa
Notas sem respingos de tinta
Programadas pros Domingos sangrentos
E as Segundas lutuosas
Entram a liberação de corpos tatuados com gramas de pólvoras
Perfuram vítimas indicadas até receberem registro em cartório
Com uma guia de sepultamento e um atestado de óbito
O fim do prazo de validade deixam a urna vedada pra odores
Pra serem descartadas como dejetos
Numa cova sem lápide e flores
Na linha de produção da Fantástica Fábrica de Cadáver
Todo favelado é um produto criado
Pra atirar e morrer em combate