me criei no sertão lugarque era bom de morar
a vida era maravilhosa quando eu vivia por lá
no quintal um pomar bem formado
laranjeira abacate e caju
la na sonbra da goiabeira
o meu cachorrim caçador de tatu - bis
eu levantava bem cedo só pra ver o dia amanhecendo
logo via um risco no horizonte era sol que ja vinha nascendo
um moinho pra moer café no fogão agua limpa fervendo
no corguinho que passava ao lado ouvia compassado o monjolo batendo - bis
no chiqueiro porcada de engorda galinhada ciscava ao terreiro
galo indio de penas vermelhas gargantiava em cima do puleiro
joão de barro fazia seu rancho la no galho da guajuvira
nós bebia agua de poço o nosso almoço era frango caipira- bis
na baixada rios de agua fundas com cardumes de peixe variados
lambari piauzinho e pacu jeripóca corimba e pintado
todos os finais de semana reunia a companherada
la no buteco na vila nós jogava bocha palito e trucada - bis
hoje moro na cidade grande minha vida e viver preocupado
eu não sei por que que deixei aquele meu reino encantado
minha casa e cercada de muro eu não tenho mas liberdade
não esqueço da velha palhoça dos tempos da roça ainda tenho saudade - bis