Venham ver quanto poder a fé pode te dar
Se a ela abrires o teu coração
Seja abençoado
Mesmo se eu andar pelo vale das sombras
Eu nada temerei
Hoje eu sei da força que me faz capaz
De remover montanhas? remover montanhas?
Remover montanhas que nas costas carreguei
Por temer a tua lei
Luz que me fez chorar tanto
Oh! Quanto eu orei
Até perceber o que os bem-aventurados não podem ver?
Senhor, na tua palavra encontrei a morada, o conforto
A tranquilidade, a verdade, o caminho, a luz!
Servo da tua nobreza infinita
Ajoelhado eternamente diante de ti
Seja feita a vossa vontade
Pela tua santa mão me guiaste
Me livraste de todos os sentimentos impuros
Que aprendi a trancar nos porões da minha alma
Nos porões escuros da minha alma
Pois as linhas tortas da minha vida tu, ó Senhor, retificaste
A inquietude do meu espírito, o ódio do meu coração
Tu, ó Senhor, aplacaste. Tornando a vida possível
Toda dor suportável enfim?
O brilho da luz branca, o peso da cruz santa
A me cegar, a me pregar, tudo tão claro, ó Senhor!
Eu suportei, eu aguentei, eu aceitei, eu esperei
Hoje eu não espero mais!
Quero a vida agora, na guerra desse mundo
E se há servos e senhores, louvemos essa disputa!
Toda glória à paz que se conquista através da luta
Dela irei atrás onde quer que se esconda
Porque hoje enfim eu sei
Hoje eu sei que quanto maior a Luz, quanto maior a Luz?
Maior a Sombra!
Dos porões eu abro a porta, agora, me libertei
Acorrentado às minhas próprias escolhas, sempre estarei
Eu me confesso, eu rezo, pra que tudo seja ateu!
Fui fiel às tuas linhas tortas. Quanto eu orei!
Mas no fundo eu sempre soube que da missa eu não sabia um terço
Mas agora eu sei! Acho que sei?
Ressuscitado nas trevas clamando
Adeus Adeus!
Daqui pra frente é tudo com a gente
Então que seja o que a gente quiser
Será que é pecado crer que é na gente que a gente deve crer?