Ah, quem dirá o que poderia ter sido
Se o tempo por si só é distorcido
Permeia o singular e a imensidão
O tempo é outro na minha cabeça
E pode ser até que eu envelheça
Mas nunca teve a mesma marcação
Posso ir ao passado em um minuto
Planejar um futuro ainda oculto
Mas as linhas do tecido se encarregarão
De interagir com meu destino
Tecido pelas minhas mãos
E onde há muito pouco pra se ver
Alguém achou o muito, sem querer
E vive oscilando no espaço
Nas linhas incessantes do meu ser
Pulsam fibras sedentas por viver
Presente que às vezes me é escasso
Posso ir ao passado em um segundo
Planejar um futuro ainda oculto
Mas as linhas do tecido se encarregarão
De interagir com meu destino
Tecido pelas minhas mãos
E entre as causas e as consequências
Circula a vastidão que a ciência
Só com muita fé tenta explicar
E se no mais sutil da nossa essência
Nada for mera coincidência
E tudo tende a se conectar
Deixa que a vida teça a gente
Não para ser passivo, mas paciente
E se apresente ao presente
Como ele se manifestar
Pois suas escolhas serão pontuais
Como agulha ao perfurar
Posso ir ao passado em um minuto
Planejar um futuro ainda oculto
Mas as linhas do tecido se encarregarão
De interagir com meu destino
Tecido pelas minhas mãos