1. Verso
Natural como só ela dos pés à cabeça
O seu gingar entre as vielas revela não ter pressa
Carapinha dura descendente do Rei Moma
Neta de Ekuikui sapiência de um Soma
Olhar imponente sorriso de um Sawalia
Na encosta desse rio que a afeiçoa à Katyavala
Não é a Mbandi tão-pouco Nhakatolo
Ainda que ambas tenham sido Mutudi Ua Ufolo
Cristianizada pelo caudal do velho Kwanza
Baila arrebatada pelo som da minha Dikanza
De tenra idade prometida ao Kutomboka
A cerimónia está programada na senzala do Soba Loka
Azulula epito ia kumbungueye
yulula epito yu utima liove se fosse no Bié
O Rei Ndunduma mandou avisar
Que a seguir ao refrão o Sambala vai entrar
Refrão
2. Verso
Aguerrida por excelência, minha mana
Como vou esquecer este coração mzuri sana?
Purificado nas águas do velho Chitutula, eu vi
Nvula weza kia mbejini
Embora te procure nas bordas do Kunhonãma
Sei onde estás mas não atino ainda assim ndu ku kuama
Levo-te comigo aonde quer que eu vá
Os anjos não morrem apenas mudam de lugar
Eterna nos meus ouvidos e da sua semente
Se o olhar é enganoso então a minha lágrima não mente
Coração límpido brando em sua fala
Abnegada aos seus tal como Maria de Magdala
Fiel companheira, confidente de Salomé
Deixaste um mar de vazio sem ver o seu fruto crescer
Se existe outro plano de certeza andarás por lá
Perdão, mas o kota Rui Mingas agora vai cantar
Refrão