Êita, é o sertão que eu tenho
Almajarra do engenho
E um bom canaviá
Êita, o carreiro carreando
E o seu carro cantando
A canção do cananá (bis)
No meu sertão
Não tem choro, não tem fome
Não tem bicho lubisome
Não existe assombração
De manhãzinha
Quando o dia se sacode
Tem onça que pega bode
Velente que só o cão
Tem um cachorro
Lanzudo preto retinto
Pra tomar conta dos pinto
E espantar gavião (refrão)
Tem água boa
Descendo de morro abaixo
Pra se deitar no ricaho
E tem luz de vagalume
Um preto véio
Pra falar do que já foi
Brinquedo de pegar boi
Num matagal de perfume
Moça faceira
Dona de casa capaz
Mas é bonita demais
E pode matar de ciúmes (refrão)
A nossa lua
Traz de noite a luz do sol
O rádio traz futebol
E notícia de primeira
Tem a cigarra
Que trouxe a filosofia
De morrer de cantoria
É a nossa cantadeira
O papagaio
Com o seu verde esperança
É o cartão de lembrança
Da bandeira brasileira